Brasil entra na corrida
tecnológica por seu SMR
Desde 2022, todos os projetos de energia nuclear passaram a ser classificados como ‘verdes’ nos países da Europa, por decisão do Parlamento Europeu. Na prática, isso significa que a fonte nuclear está potencialmente apta a receber recursos bilionários de investidores que
seguirem a taxonomia verde da UE.
Pressionados pelo agravamento da crise energética devido à guerra da Ucrânia e as metas do Acordo de Paris, os europeus se renderam aos argumentos científicos: a energia nuclear é firme, limpa e estável. Além do que, cumprir as metas climáticas é crucial para a sobrevivência do planeta e, por consequência, da humanidade.
Os últimos relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) e da Agência Internacional de Energia são absolutamente conclusivos: o homem é o principal responsável pelas mudanças climáticas em todo o planeta e precisa vencer essa corrida contra
o tempo para conter o aumento da temperatura.
O caminho está na “Transição Energética” para uma economia de baixo carbono, o que significa muito mais do que meramente alterar a forma de produção de energia elétrica. A tecnologia nuclear se apresenta como estratégica e parceira nesse processo, contribuindo muito em diversas áreas.
Além do conhecido aporte de geração de energia limpa e firme à base da matriz energética nacional, suas aplicações estão presentes no cotidiano da população, na medicina nuclear e na radioterapia, diagnóstico e tratamento do câncer e outras doenças; na esterilização de instrumentos hospitalares e produtos farmacêuticos; no controle de pragas agrícolas; no melhoramento genético de plantas; na conservação de alimentos; na garantia da segurança
alimentar; no controle de qualidade de materiais industriais; na preservação de livros, documentos e obras de arte; e no monitoramento ambiental.
O
XIV SIEN/ENCOM vai aprofundar essa discussão, além de outros temas permanentes da agenda nuclear como as obras de Angra 3, a definição dos futuros sítios e a construção das novas usinas nucleares no Brasil, além de aspectos ligados à Política Nuclear Brasileira e a Comunicação, ferramenta estratégica para sensibilizar a sociedade sobre os benefícios da tecnologia nuclear.